Pois é. Já estou há uma semana no meu novo estágio, que avizinha a recta final do meu curso com as especialidades. Neste momento estou em Saúde Mental, no Serviço de Intervenção Intensiva do Hospital Magalhães Lemos.
Este tipo de área em nada se assemelha aos estágios anteriores. A teoria até me fascina um pouco (gostei bastante daquela aula, ÚNICA em todo o curso, sobre psiquiatria que tivemos no 2º ano) mas a prática é bem diferente. Por não ter as mínimas bases sobre saúde mental, sinto-me um pouco perdida quando nas passagens de turno começam com aqueles nomes todos pomposos. E na realidade, esses não passam mesmo de nomes pomposos, pois na maioria das vezes o que é necessário falar dos doentes é pura e simplesmente esquecido.
E quem pensa em cuidados intensivos deve pensar em doentes completamente descompensados com camisas-de-força a ir contra as paredes de um quarto completamente branco e vazio. Nada disso. Não quer dizer que os doentes que lá se encontram não tenham crises maníacas, mas também se encontram controlados pela medicação. E além de tudo são pessoas. Pessoas que precisam de alguém que converse com elas, de alguém que as incentive a fazer coisas diferentes, actividades...Porque, diga-se de passagem, se uma pessoa na sua perfeita sanidade mental fosse colocada num compartimento fechado à chave, apenas com uma mera televisão com quatro canais e um pequeno terraço com outras pessoas que mal comunicam também dava em doida.
E, enquanto futura enfermeira, quero que estas pessoas tenham um dia-a-dia diferente e possam experienciar actividades com outras pessoas, ganhando motivação, empenho, habilidade, autonomia, entre outras coisas.
Mais quatro semanas e já está terminado. Vamos ver como corre;)
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