Gosto tanto...mas tantoooooo!!

Mentalmente mentalizada

Pois é. Já estou há uma semana no meu novo estágio, que avizinha a recta final do meu curso com as especialidades. Neste momento estou em Saúde Mental, no Serviço de Intervenção Intensiva do Hospital Magalhães Lemos.

Este tipo de área em nada se assemelha aos estágios anteriores. A teoria até me fascina um pouco (gostei bastante daquela aula, ÚNICA em todo o curso, sobre psiquiatria que tivemos no 2º ano) mas a prática é bem diferente. Por não ter as mínimas bases sobre saúde mental, sinto-me um pouco perdida quando nas passagens de turno começam com aqueles nomes todos pomposos. E na realidade, esses não passam mesmo de nomes pomposos, pois na maioria das vezes o que é necessário falar dos doentes é pura e simplesmente esquecido.

E quem pensa em cuidados intensivos deve pensar em doentes completamente descompensados com camisas-de-força a ir contra as paredes de um quarto completamente branco e vazio. Nada disso. Não quer dizer que os doentes que lá se encontram não tenham crises maníacas, mas também se encontram controlados pela medicação. E além de tudo são pessoas. Pessoas que precisam de alguém que converse com elas, de alguém que as incentive a fazer coisas diferentes, actividades...Porque, diga-se de passagem, se uma pessoa na sua perfeita sanidade mental fosse colocada num compartimento fechado à chave, apenas com uma mera televisão com quatro canais e um pequeno terraço com outras pessoas que mal comunicam também dava em doida.

E, enquanto futura enfermeira, quero que estas pessoas tenham um dia-a-dia diferente e possam experienciar actividades com outras pessoas, ganhando motivação, empenho, habilidade, autonomia, entre outras coisas.

Mais quatro semanas e já está terminado. Vamos ver como corre;)

Viciada

Agora ando viciada num programa que se chama Project Runaway, que dá na Sic Mulher sobre...moda. É tipo reality show em que um grupo de estilistas desconhecidos tem de ir criando ao longo do tempo determinado tipo de looks, consoante o desafio que é proposto. E aquelas roupas todas fascinam-me porque adorava poder vesti-las!! Ainda por cima, são peças únicas, muito originais.


Aiii como eu adoro roupa e como gostava que as lojas tivessem mais poder de escolha e não colocassem camisolas de manga curta na colecção de Outono/Inverno!


Enfim...

Ortopedia

Estágio de Integração à Vida Profissional feito. Apesar de ser um estágio bastante longo, passou a voar. Ainda para mais num serviço como o de Ortopedia do Hospital Geral de Santo António.

Para além de ter sido um estágio muito completo, foi o estágio em que sentia vontade de estar lá.

A integração na equipa não poderia ter sido melhor. A convivência com os profissionais de saúde não poderia ser mais agradável. Sentia-me bem a trabalhar lá, como peixe na água.

Foram 4 meses e meio preenchidos com muito trabalho, muitos casos clínicos, novas aprendizagens, novos conhecimentos e sobretudo muita certeza de querer realmente isto.

E não há nada melhor do que o reconhecimento por parte dos doentes, em chamarem "Sra. Enfermeira", em sentir que realmente são gratos pelo nosso trabalho.

De ortopedia levo muitos recordações, muitas histórias, que me fizeram crescer bastante, como profissional de saúde e, sobretudo, como pessoa.

Simplesmente adorei!

10 anos de Tuna...e algo mais!

Na passada sexta-feira comeramos o 10º aniversário da Tuna Feminina de Enfermagem do Porto, que completou uma década de existência no dia 21 de Janeiro deste ano. O sonho e a vontade de ir mais além conduziram esta tuna ao longo de todos estes anos e fizeram dela o que é hoje em dia. Reconhecida e premiada, foi crescendo ao longo dos tempos. Dela fizeram parte imensas pessoas, que contribuiram de forma preponderante para a construção da Tuna Feminina de Enfermagem do Porto.
Apesar de sermos pouquinhas no dia do jantar, festejamos com muita alegria e espírito a história de uma tuna que ainda tem muito para oferecer.
E essa mesma noite de celebração tornou-se muito especial para mim. Todo o reconhecimento de 2 anos de trabalho, esforço e dedicação levaram a que me tornasse na mais recente tunante da TFEnfP. Foi uma noite muito emotiva. O orgulho de fazer parte desta família e poder deixar a minha marca na história desta grande tuna fazem-me demonstrar o quão importante tudo isto é para mim.

Obrigado à minha Madrinha, que sempre acreditou em mim e me deu forças para continuar!
Obrigado às minhas Tunantes, que confiaram na minha força de vontade e deram-me asas para voar!
Obrigado às minhas Caloirinhas, que sempre me apoiaram e estiveram lá!


Muitos sentimentos. Muitas emoções. Indescritível.

=')


Com muito orgulho, a vossa Tunante,

Balouta Rosatis Oupa Oupa Leca Tancinha E De Troca O Passo

Quase, quase...

Tenho andado desaparecida dos posts mais descritivos pura e simplesmente porque não tenho tido grande inspiração e a paciência também não é muita.

Estou a chegar ao fim de mais um semestre, extremamente cansativo, atolhado de trabalho e noção de gestão do tempo. Muita coisa para fazer em pouco tempo.

Com o projecto do Estágio de Integração à Vida Profissional entregue e duas frequências realizadas, uma das quais passei com sucesso estando, basicamente, uma cadeira arrumada. Resta-me um último turno, a apresentação do projecto e a avaliação final do estágio. Tudo isto num dia.

Depois destes meses todos a trabalhar para algo ainda tão incerto que é o meu futuro em Enfermagem, sinto-me completamente esgotada, a chegar aos meus limites, a necessitar de algo mais que não seja estar sentada horas e horas em frente a um computador a rever bibliografia.

Quem disse que o Curso de Enfermagem era fácil? E o que mais me frustra é ver na televisão pessoas com um estatuto no nosso país a apelar ao bom senso dos enfermeiros, só e apenas porque queremos ganhar como licenciados, aquilo que merecemos por direito, que isto de estudar cidadania ainda serviu para perceber alguma coisa. Já agora aproveito para falar da greve, em que uma jornalista se dirige a um dos representantes sindicais e pergunta se a greve não afectará a saúde dos utentes...não sei é se essa mesma jornalista sabe que os cuidados mínimos são assegurados e como bom senso temos e bons profissionais que somos nunca poríamos a vida dos nossos utentes em risco. E isto só mostra o quanto a nossa sociedade precisa de enfermeiros, o quanto são indispensáveis.

Tinha que publicar este meu desabafo.

E não me alargo mais que a inspiração já está a falhar.

Acho que vou ver televisão já que não tenho o mínimo incentivo possível para fazer uma reflexão final para o estágio (daquelas coisas que eu adoro fazer-_-).

Beijinhos e abraços*